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Entre uma e outra vida, entre a realidade e a ficção, entre ser ou não ser. A melhor escolha é viver o que há de mais real: a imaginação.

domingo, 19 de junho de 2011

Um pouco mais...

Trechos e frases no twitter:


@Imaginacao_Real 


Você vai gostar!

Não procure. Grude!


Nunca, palavras chegaram a combinar tão bem quanto: dor, sofrimento, revolta, tristeza e decepção.
E todas são conseqüências da felicidade. Estranho? Sim. E sabe de quem é a culpa? Nossa.
As pessoas têm tudo que necessitam para serem felizes, mas não sabem, na maioria das vezes, lidar com o carinho de alguém desconhecido ou entender o desespero dos filhos. Porque as pessoas não sabem tirar o melhor do que lhes é dado.
Procuramos demais e abandonamos o que está preso. No final, temos perdido tudo por nada. Quem quer tudo perfeito, acaba com os restos. Quem chuta o amor alheio, fica com as sobras.

Lembre-se que amar é saber respeitar.
Respeitar a si mesmo é permitir que você seja amado.
Ser feliz é falar pelo próximo, para que os próximos sejam bons companheiros.
Companhia é bem mais que estar perto. Se está perto, grude. Se grudar, não deixe soltar.
Deixe ir apenas o que há de ruim. Pois o “ruim” é o que atrapalha o amor, ruim é não saber amar.

O amor vai além do tempo, vai além do mar, está acima do céu. Você pode passar uma vida inteira ao lado de uma pessoa, e esta não ser o seu amor. E aí? De quem é a culpa? A culpa é sua por ter procurado. Não procure, deixe chegar.
Só você sabe o que sente. Só você sabe o que não quer revelar. Você sabe o que faz, você sabe o que pensa, você sabe o que quer. Você recebeu a caneta pra escrever sua história, então, decida como vai ser o início e o meio dela. Trabalhe o seu pensamento e as suas vontades, apenas. E espere, que as pessoas chegam de acordo com as suas atitudes. E vão embora por causa delas, também.
 O tempo que você perde procurando reflete na dor que vai sentir quando perder. E o que você abandonou à procura de nada, pode estar te esperando, ainda. Aproveite! Pois só o que já estava escrito é o que fica. Grude naquilo que não é aprovado por todos, mas que é a causa de arrepios em você.
Ah, e não solte. Conforme-se com o que é feio pra muitos, mas o melhor pra você.

Raíssa Almeida

sexta-feira, 10 de junho de 2011

Eu sou a pequena.



Sempre fui a queridinha da mamãe, e só. Contra a vontade do meu pai, a menina cresceu. Os resultados não são, apenas, as pernas longas e fininhas. O resultado maior é o que ninguém pode ver, quase ninguém percebe e apenas quem se interessa, valoriza.
Tenho as roupas que meus pais compram, os acessórios que eu quero, os perfumes que eu ganho. Tenho casa pra morar, um celular pra me comunicar e escuto o que eu gosto. Mas sei que tudo isso é pouco, diante da importância de quem me apoia, do medo de perder quem eu amo e da vontade de ser uma ótima profissional.
Eu não estou nem aí para o que todos pensam sobre mim. Eu me preocupo com o que você faz comigo e com você mesmo.
Você que deseja o meu mal, parabéns! Você consegue, por pouco tempo. Enquanto não sofre por consequência dos seus próprios atos.
Você que se preocupa demais com a minha vida, cuidado! Alguém pode estar tirando o que há de mais valioso da sua.
Você que olha no fundo dos meus olhos e mente pra mim, pense mais um pouco. O meu olhar vai muito além do que você imagina.
Você que me engana, obrigada! Como resposta, tenho o desejo sincero de que seja feliz, e vou ganhar muito mais com isso.
Você aí, que se acha a pessoa mais bonita, rica e organizada do mundo, saiba que a beleza da vida está nas coisas simples e na maneira bagunçada como vivemos.
Eu sou imperfeita, eu sei. Eu grito nos corredores da escola, mas sou educada quando preciso.
Eu brinco até com o diretor da escola, mas não abandono minhas tarefas por curtição.
Eu não procuro me comportar em restaurantes. Pra quê? Para causar boa impressão àqueles que colocam o nível financeiro acima de tudo?
Não vou à Igreja quando não estou com vontade. Posso, e muito bem, agradecer e falar com Deus sozinha.
Qual o problema de tirar o salto,se estou cansada? Prefiro eu, e não, etiquetas.
Por que sorrir quando quero fechar a cara? Não preciso disso. Adoro extravasar emoções e não sou político para querer sua aceitação.
Eu prefiro ser essa palhaça, ingênua, birrenta, simples, desocupada, ocupada, bagunceira, determinada, criança, mulher, brinquedo, cantora, chata, errada e certa. Assim, eu convivo, e não só vivo.
Por que não sorrir para as faxineiras da sua escola? Por que não oferecer comida à crianças de rua? Por que não desejar um bom dia aos empregados?  Vivemos em comunidade, ninguém é feliz sozinho. E o que faz de mim essa eterna criança é ser encantada por essa fase, é ser apaixonada por ursos e bonecas, é ter vontade de deitar e rolar com os meus afilhados.
O que faz de mim essa pessoa é ficar, incontestavelmente, feliz com a felicidade dos outros. É desejar que as pessoas se amem, que as pessoas evoluam, que as pessoas vivam.
O meu sorriso depende de tanta coisa... E entre tantas, de certeza, não depende da tristeza alheia. Então, não conspire contra mim. Saiba crescer e aprenda a conviver com os seus próprios atos. Enquanto você fica nesse mundinho pequeno, eu solto altas gargalhadas, eu passo de menina para mulher. E volto a ser criança quando quero.
Então, pra você aí, que tenta me deixar pra baixo: eu sou a pequena maior que existe!

Raíssa Almeida.

sexta-feira, 29 de abril de 2011

Em outros tempos...



Eu devolveria a sua falta de consideração com uma rejeição. Eu me vingaria. Mas mudei de opinião, e não sei como.
Hã? Erro meu. Muitas coisas não têm explicação, mas justificativas, sim.
E apenas isso explica o momento: Eu tenho Deus no coração. Pois é, nesse lugarzinho, ele entrou antes de qualquer outra pessoa. O seu espírito me fez o bem quando eu ainda nem abrira os olhinhos para o mundo. Deus uniu os meus pais e me concedeu o prazer de viver.
E se ele me colocou nessa, ele vai me ajudar nessa. Basta eu aceitar, e eu aceito.
Aceitei seguir os seus ensinamentos: perdoar, respeitar e amar. Pra mim, a Lei do Talião ficou estacionada há muito tempo.
Aquele que se acha superior, cai quando chega ao topo. Aquele que evita o diálogo, perderá o direito de resposta quando mais precisar. Parece justo, parece injusto. Entre uma e outra coisa, é consequência, apenas.
Então, por que não afogar-se na sua dignidade ao invés de reduzir o seu mundo à atitudes pequenas de quem não se importa com os sentimentos alheios? Não sei se entendeu como um conselho ou uma crítica, sei que é isso o que eu acredito. E é isso o que eu faço.
E se eu precisar chorar, que eu chore. Se for preciso desespero, que venha. Se cair, levanto. Mas, se estiver desanimando... Não, isso eu não aceito.
Eu mudei. Tenho atitudes que jamais imaginei que pudesse me atrair. Eu melhorei alguns dos meus pensamentos, eu não tomei atitudes precipitadas. Logo eu que, quase nunca, penso antes de falar.
Todo mundo erra. Já errei muito, e ainda vou errar. Vale a pena falar, ousar, gritar e viver. Mas vale muito mais, na maioria das vezes, parar um pouco e pensar no amanhã, pensar nas pessoas ao seu redor.
Você conservará a sua vida. E assim, vai ter mais tempo para cair, superar, amar...
Errar. E mudar.
                                                         
                                                                                                                Raíssa Almeida

domingo, 17 de abril de 2011

O que diz a carinha de um anjo...

 https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgfOubOSQJwhbcPdpv8BMqSb4gohs5CAA_YuN9Ua1tPefh3El9nv0PiBZ0rzR1FmPG0h94O9cdEMuica_eb2npDGA3-LRY7rpoT0hhB6AWcrYPPqmGAPIUxjTjtoOrBu9UXomsODnFW_7Q/s1600/image3.png

O rosto de alguém tem muito a dizer, os olhos é que não podem ver.  E pra quê tentar entender, se no fundo do fundo, nada tem explicação?! Pra quê entender os enigmas da adolescência ou os problemas dos adultos se tudo depende, na verdade, da infância?!
Esse “curto” intervalo de tempo explica nossos medos, nossas metas, nossas frustrações, nossos sentimentos futuros e nossos sonhos por toda a vida. A sua infância sabe mais sobre você do que você sabe, a sua infância está nos seus olhos – e esses não enxergam nada além disso. A sua infância é você. Você sempre será aquela criança.

Então, nada mais justo que iniciar com o “início de tudo” e, no fim, entender que tudo volta para o princípio.

Muito pequena e já atraída por aquele universo imenso: a água.
Naquela lagoa, todas as manhãs por mais ou menos um ano, papai me ensinara a nadar, e repetia: vai aprender a enfrentar os desafios desde cedo, tintinha.
Não necessariamente na água, mas usei os ensinamentos do meu pai de todas as maneiras possíveis e imagináveis – e muito além disso.
Corria com os primos no sítio da vovó. As pernas me traíam, eu caía. A mão frágil e pequena tirava os grãos de areia grudados no sangue do pequeno ferimento do joelho. Esses ferimentos deixariam marcas que o tempo jamais apagaria. Marcas importantes, inesquecíveis – essas, sim, eu faço questão de lembrar.
Lembro da minha mãe... Ela me preparava para os meus primeiros anos na escola. Inicialmente, ela vestia a camisa, depois a saia e, por último, a calcinha. Colocava as meias, calçava meu tênis. Pronto? Não. Faltava o cabelo. Mas minha mãe não o enfeitava com tiaras, fitinhas coloridas, laços ou “maria-chiquinha”. Na verdade, ela nem penteava meu cabelo. Eu saía correndo para junto da minha madrinha e ela penteava o meu cabelo com muito carinho, todas as manhãs. Não por preguiça da minha mãe, nem por birra minha. Era por vontade e prazer de madrinha, e eu adorava.

Na escolinha, no parquinho, no meio da rua.
No sorriso ao ganhar o presente do papai Noel.
Na alegria de receber a primeira bicicleta e conseguir dar as primeiras pedaladas.
No risinho disfarçado ao sofrer um tombo.
No choro pela falta de mimo.
Na inocência da criança ao lado dos irmãos.
Nas travessuras de menina.
Nas férias com os primos.
No aconchego do lar.
Nas festas surpresa de aniversário.
Nas brincadeiras com as amigas.
No esconde-esconde, no pega-pega, no gato mia.

Talvez mais rosa que a casinha da Barbie, esta é a carinha de um anjo.
Está escrito no sorriso de uma criança. No abraço com cheiro de esperança. No sorriso com sabor de felicidade.
Feito uma criança eu caminho. De um anjo precisarei.

 
Raíssa Almeida  (Na lembrança dessa época - entendendo "o agora")